por Lúcia Berbert, via Portal Tele.Síntese
Não se pode submeter uma tecnologia como a internet, que pode ser uma ferramenta geradora de igualdade ao interesse comercial. Defendeu o representante do Partido Pirata, Paulo Rená, no seminário promovido pela ARCTEL –CPLP, realizado na Anatel e que discutiu a neutralidade da rede. Ele entende que a rede neutra promove a competição.
“A neutralidade de rede tem que ser firmada como um princípio, do contrário a web vai replicar a concentração de renda que existe em todas as áreas”, disse. Rená defende que os recursos precisam ser canalizados para onde há carência.
Para Rená, existe uma pluralidade da sociedade que não está sendo considerada pelo governo no debate sobre o Marco Civil da Internet. “Há milhares de brasileiros, que não têm acesso à internet e que estão alijados dessa discussão, mas que precisam ser considerados, porque no futuro serão usuários”, disse.
O representante do Partido Pirata disse que a questão econômica precisa ser levada em conta, mas não pode dominar. Ele entende que o debate precisa levar em conta de que o usuário não é mais passivo, mas também um pequeno produtor de conteúdo.
A internet não nivela por baixo como a midia tradicional e abre muito mais espaço pra diversificação do conteúdo. Você é quem escolhe o conteúdo. O próprio livre mercado funciona melhor na internet. Mas, se o nosso sistema depende de leis, é preciso uma que garanta essa liberdade e liberdade de expressão total.