Repúdio às agressões do MTST ao bloco autonomista

dez 15, 2016 | Artigos e Publicações, Notícias, Opinião PIRATA | 2 Comentários

NOTA SOBRE AS AGRESSÕES SOFRIDAS PELO BLOCO AUTONOMISTA NO ATO CONTRA A PEC 55 (13/12) EM FORTALEZA-CE

O Partido Pirata manifesta seu repúdio pelas atitudes violentas da “segurança” do MTST, que espancou, perseguiu e ameaçou pessoas pelas ruas de Fortaleza (incluindo um integrante do PIRATAS) fazendo com que pessoas tivessem de ser levadas ao hospital com ferimentos graves. Essas agressões  foram apoiadas abertamente pela União Nacional dos Estudantes (UNE), cujo apoio a agressões contra anarquistas e autonomistas já é conhecida pelas pessoas que frequentam manifestações de rua. Nada do que foi feito pelo MTST contra o bloco autonomista  pode ser justificado com qualquer tentativa de apontar “quem começou” com as discussões, devido à desproporcionalidade gritante das ações praticadas pelos autointitulados donos do ato. O que vale para a Polícia Militar vale também para o MTST
Guilherme Boulos, uma das lideranças do movimento, já expressou publicamente que, nos atos de “seu” movimento e de grupos aliados, não há espaço para certas formas de manifestação embora o próprio MTST se envolva com todo tipo de ação direta em defesa de suas pautas. Depois de tantas agressões em atos controlados pelo seu movimento e por outras “forças” que compõem a Frente Povo Sem Medo, fica claro que o problema não é com a ação direta, mas com a orientação política de certas pessoas e coletivos e com o fato de não serem cooptáveis para os interesses dos senhores feudais das assembleias. 
Ao MTST – Ceará, dizemos: podem tentar manipular a opinião das pessoas. Podem inventar, distorcer e apagar comentários contendo relatos sobre suas agressões. Podem até se fazer de vítimas e escrever notas dignas de um comandante da PM; não importa, vocês nunca poderão esconder o que fizeram. 
Não é de hoje que iniciativas e pessoas libertárias encontram grande resistência nos meios ditos de esquerda, estando a origem do conflito muitas vezes na recusa delas em aceitar as práticas que visam controlar, verticalizar, direcionar e cooptar manifestações, coletivos, movimentos e ocupações, dentre outras construções políticas. Nós do PIRATAS temos a horizontalidade, a colaboratividade e a recusa de todas formas de autoritarismo como nossos princípios mais básicos de atuação. Buscamos sempre eliminar práticas que vão contra isso em nossa organização interna e em nossas atuações, assim como defendemos a legitimidade das ações de outras pessoas e grupos que estejam em harmonia com nossos princípios. Assim prestamos toda nossa solidariedade às pessoas agredidas não apenas no ato em questão, mas às que enfrentam constantemente agressões verbais e físicas em outras ocasiões; todo tipo de assédio moral e táticas difamatórias e de desinformação, dentre outras coisas, apenas por não se curvarem às autoridades da velha esquerda, aos seus mandamentos divinos e consensos excludentes e fabricados de cima para baixo.

Grupo de Trabalho de Comunicação do Partido Pirata no Brasil

nota-7

2 Comentários

  1. José Antonio

    Tendo tomado conhecimento hoje de importante vitória do Partido Pirata na Islândia no dia 30/10/16, vim tomar conhecimento agora do Partido Pirata do Brasil.
    Fiquei surpreso ao encontrar essa notícia da agressão do MTST e, se possível, gostaria de saber concretamente quais as divergências que levaram a esse extremo?

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  2. Levy

    Eu como Marxista repudio qualquer atitude autoritária de membros da chamada esquerda autoritária (estalinistas e reformistas) contra autonomistas.

    O MTST de Boulos luta pelos trabalhadores mas sim tem erros de política na sua direção que afetam os trabalhadores da base. Esses movimentos que surgem com o atual reformismo de esquerda, que não rompe com o capitalismo, usa de atitudes e formas de manifestação que sou contrário por entender que não ajudarão a revolução proletária, pois não rompem com as práticas anti-democráticas de capitalistas para manter seu estado. Autonomistas possuem também erros na ação direta, pois entendo que o terrorismo individual não fará nada além de aumentar a repressão do estado.

    Acho que o diálogo entre todos os anti-capitalistas (autonomistas e marxistas) tem que existir no ambiente mais democrático possível, em pé de igualdade, sem truculência e que discutam ações conjuntas futuras que carreguem essa democracia no diálogo.

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