Deu no El País
O 36º volume das aventuras de Asterix e Obelix ganhou o título O Papiro de César, ressuscitou o pior inimigo da aldeia gaulesa dos protagonistas e chegou às livrarias nesta quinta-feira. Desde esta semana se conhece algo a mais sobre sua misteriosa trama, guardada até então como o maior dos segredos. Os responsáveis pela saga anunciaram que foi adaptada aos tempos atuais: um de seus personagens é inspirado em Julian Assange e a história inclui referências às redes sociais, que terão um equivalente nos tempos do Império Romano.
A história é inspirada livremente nos sete volumes que formam os Comentários sobre a Guerra Gálica, escritos por Julio César, que relatam as batalhas durante os nove anos que passou combatendo os exércitos que se opunham à dominação romana do atual território francês. Mas, em seus escritos, César pode ter exagerado ligeiramente suas proezas bélicas. Talvez seja nesse ponto que entre em jogo o novo personagem, Doblepolemix, um jornalista de um jornal gaulês que busca fazer aparecer a verdade. “Julian Assange nos serviu de modelo para o personagem”, explicou a nova dupla de criação, formada por Jean-Yves Ferri como escritor e Didier Conrad como desenhista, acrescentando que cogitaram chamar o personagem de Wikilix, antes de mudarem de opinião.
Junto a César, os leitores da saga encontrarão outro personagem novo, um conselheiro às escondidas inspirado pelo publicitário Jacques Séguela, o homem que apresentou Nicolas Sarkozy a Carla Bruni, e outras figuras que rodearam o ex-presidente francês, como Henri Guaino e Patrick Buisson. “Não queremos dizer muito para não destruir o prazer. Asterix pertence a seus leitores”, afirmou o desenhista Albert Uderzo, criador da saga junto ao falecido escritor René Goscinny, em entrevista coletiva realizada no primeiro andar da Torre Eiffel.
0 comentários