“Eu acho que o que mudou é que Hollywood não consegue mais enganar o público, fazendo-os comprar um filme ruim como se fosse apenas um filme. Se o filme vaza (e ele sempre acaba vazando, eventualmente) e as pessoas que compartilham arquivos descobrem que é uma bomba, vão espalhar o boca a boca tão rápido quanto fariam com o boca a boca positivo. Então, essencialmente, você não consegue enrolar as pessoas tão fácil na era digital porque a cortina pode ser aberta mais rápido.
Além disso, o público tem pouca paciência para esperar pelo lançamento de um filme, sendo que ele já saiu em outros países há meses. E com razão. Esta bobagem sobre alguns países desfrutando de uma exibição exclusiva que dura semanas antes de chegar ao resto do mundo é elitista e condescendente, especialmente porque eles aceitam que a gente fale sobre os produtos deles na internet. Então, podemos dizer aos europeus e sul-americanos como um filme é legal até que eles tenham chance de ver. É vergonhoso. É como um menino rico e egoísta que fica esfregando o sorvete na cara das outras crianças, sabendo que eles não podem comprar ou perderam o caminhão do sorveteiro quando passou na rua. Francamente, me recuso a participar desta decadência”.
Confira o restante da entrevista aqui.
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