notícia original publicada em 15 outubro de 2013 na The State Weekly por Noel Brinkerhoff
O chefe da Agência de Segurança Nacional (NSA) admitiu perante uma comissão do Congresso nesta semana que mentiu em Junho quando afirmou que o programa de vigilância telefônica da agência havia frustrado 54 “planos ou atentados” terroristas.
O diretor da NSA Keith Alexander deu a informação errada enquanto a administração Obama defendia suas operações de espionagem domésticas expostas pelo denunciante Edward Snowden. Ele disse que os dados de vigilância armazenados que levaram a 53 dos 54 planos haviam fornecido as pistas para “desvendar o fluxo de ameaças.”
Mas o senador Patrick Leahy (D-Vermont), presidente do Comitê Judiciário do Senado, disse na quarta-feira durante uma audiência sobre a supervisão contínua do Foreign Intelligence Surveillance Act (Lei para a Vigilância de Estrangeiros – FISA) que o governo estava emitindo declarações incompletas ou imprecisas sobre a coleta em massa de registros telefônicos de prestadores de serviços de comunicação.
“Por exemplo, nós ouvimos várias vezes que 54 planos terroristas foram frustrados pelo uso dele (deste programa)”, disse Leahy. “Isso é simplesmente errado”, acrescentando: “Eles não eram planos e não foram todos frustrados.”
Alexander admitiu que apenas 13 dos 54 casos estavam ligados aos Estados Unidos. Ele também disse ao comitê que apenas um ou dois planos suspeitos foram identificados como resultado da coleta a granel registros telefônicos.
Leahy não estava feliz. “Fomos informados de que devemos [conduzir uma vigilância telefônica em massa] para nos proteger, e as estatísticas são reviradas de forma a declararem mentiras”, disse ele. “Isso não tem credibilidade aqui no Congresso, não tem credibilidade com este presidente e ela não possui credibilidade com o país.”
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