Igreja compara casais gays à pirataria

jul 22, 2017 | Artigos e Publicações, Notícias | 1 Comentário

Uma igreja evangélica de São Carlos, interior de São Paulo, fez uma postagem que causou revolta entre internautas. As informações são do G1.

Em sua página do Facebook, a igreja postou uma imagem que comparava desenhos de uma família composta por um casal heterossexual e de um casal homoafetivo. Na legenda: “Deus fez a família original, diga não à pirataria”.

Detalhe da marca d’água: depositphotos

Vários internautas denunciaram a postagem, que foi removida da rede social. Eles fizeram uma série de questionamentos e comentários sobre o conteúdo divulgado pela página da igreja.

Foi iniciada uma campanha para que as pessoas denunciassem a página à gerência do Facebook por intolerância.

A Igreja Projeto de Deus ainda fez em seguida uma outra publicação tentando explicar a polêmica. Eles afirmam estarem “acostumados com os ataques justamente daqueles que dizem sofrer por serem oprimidos” e publicou uma carta aberta afirmando que não possui nada contra os homossexuais.

“A sociedade laica pode escolher não temer a Deus, mas a Igreja como instituição privada escolhe seguir os ensinamentos bíblicos. Quem quiser fazer parte da Igreja Projeto de Deus deve seguir o CREDO da igreja. É apenas uma questão de escolha”, diz o texto.

A advogada Janaina Basilia disse ao G1 que qualquer pessoa que se sentir ofendida com o conteúdo da publicação pode ingressar com um processo contra a página. “Inclusive, o Ministério Público pode agir em nome de todo mundo ou a Defensoria Pública. É a mesma coisa que acontece com as músicas preconceituosas que acabam sendo proibidas de tocar nas rádios, elas não citam diretamente uma pessoa, se referem a um grupo de pessoas, sem ser de forma velada”, disse.

Abaixo você pode ler trecho do Programa Político do Partido Pirata:

Livre autodeterminação na constituição familiar

O Partido Pirata defende o reconhecimento igualitário de modelos e estilos de vida em que as pessoas assumam a responsabilidade umas para com as outras. Independentemente do modelo escolhido, merecem proteção direcionada as comunidades que destinam cuidados a crianças, pessoas idosas e pessoas com necessidades especiais. Nossa política visa dar status legal igual a essas comunidades.

Piratas entendem que a família é toda relação de afeto entre pessoas adultas ou por uma pessoa adulta e as pessoas menores de idade e/ou incapazes sob sua responsabilidade; unidas pelo laços da liberdade e responsabilidade, independente da orientação sexual ou identidade de gênero de seus membros. Consideramos a família o local ideal para o pleno desenvolvimento humano, coexistindo o respeito entre seus integrantes. Entendemos que também constituem família toda pessoa menor de idade que tenha laços biológicos ou de adoção, reconhecidos voluntariamente ou por decisão judicial, por um ou mais dos membros adultos da família.

Na ausência de pessoas adultas, formam família menores de idade que possuam laços biológicos de adoção ou afeto entre si. Reconhecemos para fins jurídicos e sociais que a pessoa que mora sozinha seja reconhecida como família também, ou seja, unifamília.

Defendemos a igualdade de oportunidades para as pessoas que cuidam de crianças. Ser pai ou mãe não deve ser motivo para discriminação ou desvantagem social ou trabalhista. Sexo, identidade de gênero ou orientação sexual não devem ser prerrogativas para participar mais ou menos na educação de crianças muito menos critério para obrigações parentais. Nós Piratas apoiamos o desmantelamento das expectativas sociais existentes que impedem ou dificultam a tomada de decisões individuais verdadeiramente livres.

1 Comentário

  1. Davi

    Isso depende do seu ponto de vista.

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