[Opinião] Um glossário quase sem preconceitos de expressões ditas “pós-modernas” (o que quer que seja isso)

mar 26, 2017 | Artigos e Publicações, Notícias, Opinião PIRATA | 1 Comentário

por galdino

  Este texto foi inspirado por um outro que problematiza (sim, problematiza!) expressões de um tal vocabulário “pós-moderno”, de forma preconceituosa, cheia de distorções intencionais e desinformação, com o objetivo de valorizar uma perspectiva marxista sobre os mesmos assuntos. Antes de tudo, seria melhor explicar do que se trata esse tal de “pós-moderno“, algo que infelizmente não poderei fazer porque não existe nenhuma definição amplamente aceita sobre o termo*. Lance normal, segue o jogo:

PROBLEMATIZAR:

Não tem muito a ver com explicação de eventos, e sim com uma postura diante de coisas naturalizadas ou que passam desapercebidas por nós por outros motivos. A problematização seria uma coisa bem simples: questionar o que nos é dado e apontar para como aquilo pode ser algo prejudicial para as relações sociais. Uma expressão que serviu historicamente para humilhar um setor étnico da sociedade, uma peça publicitária construída para reproduzir ideias sobre submissão das mulheres aos homens, e por aí vai. O tipo de análise a ser feito não tem a ver com o questionamento: pode-se muito bem adotar uma perspectiva ou método marxista para entender a raiz dos problemas. A problematização é algo que frequentemente pode ser feito de forma descontextualizada, inadequada ou simplesmente incorreta. E pode também ser uma viagem total, como problematizar a expressão “Vem, meteoro!” por ser algo que somente beneficiaria a “burguesia” (!!). O excesso de problematização sobre toda e qualquer coisa tem gerado efeitos como aversão a textões de feissebuqui e o aumento do uso da expressão “MEU DEUS DO CÉU QUE GALERA CHATA DO CARALHO”. Se for problematizar, não beba. 

DESCONSTRUIR:

essa expressão tem um uso bem simples, que diz respeito ao abandono de elementos opressores de nossa cultura, adquiridos durante nossa inserção social. Podem ser papéis de gêreno absorvidos através de produtos infantis, da educação familiar e programas de TV, por exemplo. Ideais de masculinidade aprendidos em casa e que são reforçados no colégio para que meninos não sofram bullying podem ser carregados ao longo de toda uma vida, interferindo nas suas relações sentimentais e sexuais no futuro. Isso é uma simplificação, mas é disso que se trataria a desconstrução nesse sentido mais usual. Infelizmente, muitas pessoas (homens obviamente) usam dessa expressão para fingir que são modernos, bem resolvidos, puros de opiniões machistas. E fazem isso pra “pegar mulher” na festinha de esquerda. Esse e outros tipos de atitude acabam em páginas de humor sobre homens desconstruidões. Além disso, vemos frequentemente pessoas que se dizem em processo de desconstrução de seus comportamentos e pensamentos opressores serem descobertas se comportando de forma incompatível com o discurso delas. Isso não precisa ser exatamente um problema, pois a ideia é justamente que desconstruir é um processo, que provavelmente sequer tem fim, pois nossa cultura seria violentamente opressora, de forma que não seria a coisa mais fácil do mundo se livrar disso. Por outro lado, pessoas também podem usar isso como desculpa para continuar causando prejuízos a outras pessoas. 

Existe outra forma interessante de falar de desconstrução, mais próxima do uso que se tornou corrente em filosofia, que é quando estamos falando de desfazer um certo dualismo ou binarismo, que seria construído de forma a hierarquizar coisas e colocar algumas como superiores a outras. Assim, temos padrões de heterossexualidade que servem para classificar tudo que se desvia deles como algo ruim, inferior, “anormal”, e até mesmo patológico. Outras sexualidades acabam sendo tratadas como se precisassem de correção, repressão, afastamente ou apagamento. A própria norma passa a ser definida a partir de seus desvios, e as pessoas são ensinadas a fugir deles. Assim, uma pessoa que busca ativamente reprimir outras por conta de sua sexualidade, teve de reprimir antes de tudo os traços dessa sexualidade em si mesma. Felizmente, nossa sexualidade não é tão rígida e engessada e esses padrões são construções artificiais elaboradas durante muito tempo — não foram descobertas científicas usadas posteriormente para nos orientar sexualmente pelo mundo. Se entendemos que heterossexualidade e de homossexualidade não são coisas radicalmente opostas, ideais de sexualidade congelados e bem definidos, a opressão envolvendo essas coisas acaba perdendo algo de seu sentido, pois percebemos que reprimimos coisas em nós para nos conformar a padrões pouco realistas, algo que acaba nos causando mais dano do que coisas boas.  

 EMPODERAMENTO:

essa expressão não tem necessariamente a ver com minorias, pois pode ser aplicada a processos bem abrangentes. Quando uma comunidade negligenciada pelo Estado resolve aprender como tratar de problemas de saneamento, energia etc., ela está se empoderando, ganhando poder de fazer mais sem precisar de um Salvador. Apesar de ser uma noção bem simples, tem causado tanto estresse que tem sido abandonada por muitas pessoas. Boa parte desse estresse parecer ter a ver com usos da expressão em campanhas de marketing comercial ou político, pois usam o termo num tom que fomenta o individualismo, o “empoderamento individual”. Esse individualismo seria oposto ao buscado por diversos grupos de mulheres (autodeclarados ‘feministas” ou não), por exemplo, que teria como objetivo fortalecer as mulheres envolvidas através de aumento da independência, do conhecimento e da informação, das capacidades, sendo tudo isso feito coletivamente.  

 VIVÊNCIA:

ver “LUGAR DE FALA”.

LUGAR DE FALA:

A ideia de preservação e promoção do lugar de fala de alguns grupos historicamente oprimidos tem uma motivação bem clara: aumentar a diversidade de vozes e discursos, evitar que os mesmos grupos dominantes de sempre continuem ditando tudo, respeitar as pessoas que passam por determinadas experiências e buscar aprender com elas, e por aí vai. Em espaços políticos, ouvir sobre a experiência de vida de pessoas de setores marginalizados e oprimidos na sociedade, pode nos fazer ampliar nossa perspectiva sobre variados assuntos, e enriquecer nossas conversas sobre política. Além disso, incentiva pessoas a falarem por elas mesmas de suas vivências, em vez de terem de se contentar com o que pessoas de grupos dominantes dizem sobre elas e o que elas mesmas vivem e sofrem. Em ambientes de tomada de decisão, prestar atenção às experiências específicas de minorias políticas pode significar que as decisões tomadas contemplarão a maior diversidade possível de pessoas e grupos, de forma que opressões mais amplas de nossa sociedade não sejam reproduzidas ali. Afinal, por que não ouvir mulheres para podermos discutir e decidir sobre coisas relacionadas a mulheres, por exemplo? Pra que perder tempo teorizando sobre o que pessoas gays sentem por serem gays em nossa sociedade, se podemos simplesmente perguntar para elas?

Por outro lado, a ideia de lugar de fala pode ser usada de duas formas especialmente problemáticas: um engessamento das discussões, de forma que grupos com certas experiências de vida em comum ganhem o monopólio sobre o assunto (ou tentem ganhar, já que é impossível fazer as pessoas pararem de falar sobre qualquer coisa que seja); e a criação de novas formas subjetivas de autoridade inquestionável. As duas coisas se relacionam: se apenas pessoas negras podem falar de assuntos relacionados a pessoas negras, então pessoas negras podem acabar se tornando autoridades incontestáveis sobre esses assuntos. Muitas pessoas bem intencionadas preferem ouvir uma pessoa negra sobre racismo, por exemplo, mas, apesar de ser uma decisão razoável, isso não significa que a pessoa ouvida vai ter as mesmas compreensões sobre o que é racismo do que outras (também negras). O caso Fernando Holiday tem a ver com isso: sua campanha de marketing soube explorar justamente o fato de ele pertencer a um setor minoritário cujos interesses a esquerda diz defender, ao mesmo tempo em que seu objetivo é ir contra conquistas dos movimentos negros ao longo da história brasileira recente, conquistas essas que parte da esquerda entende como tendo a ver com ela. Foi uma candidatura toda pensada para questionar o monopólio da esquerda sobre minorias, e a ideia de que pessoas dessas minorias têm autoridade apenas quando dizem algo de acordo com a esquerda (o que não seria o caso de Holiday, o negro que quer acabar com o Dia da Consciência Negra).

Para muitas pessoas, a importância de dar ouvidos a pessoas negras por serem negras vai até o momento em que elas defendem a atuação da PM ou dizem que são contra cotas raciais. É claro que podemos justamente levar em consideração certo acúmulo teórico de marxistas sobre como as pessoas são levadas a pensar e agir sob a perspectiva de quem as domina. Para além da questão das classes, podemos pensar em como pessoas negras podem agir de forma racista, mulheres podem agir de modos machistas, gays podem agir de forma homofóbica e por aí vai (afinal, não dizemos que nossa sociedade e sua cultura são machistas, racistas, homofóbicas, transfóbicas etc.?). Mas, para além disso, temos de lembrar que não existem grupos homogêneos e que interpretam experiências semelhantes de formas semelhantes, apesar das ideias de vivência e lugar de fala darem a entender que bastar ser da minoria e PLUFT! Parece bem saudável consultar pessoas de diferentes minorias antes de formamos uma opinião ou tomarmos uma decisão sobre algo relacionado a essas minorias, porque suas experiências de vida podem acrescentar ao debate e nos dar uma visão mais informada e diversa de variados assuntos. E fazemos isso pelo mesmo motivo que procuramos “autoridades” em engenharia mecânica para resolver problemas relacionados: porque respeitamos a experiência da pessoa e buscamos aprender com ela.    

ESCRACHO:

A ideia do escracho na América Latina foi por certo tempo a de exposição de pessoas e seus crimes que ficaram impunes, como no caso de militares de ditaduras. Curiosamente, muitas das pessoas desaparecidas, mortas, sequestradas e torturadas durante as ditaduras eram justamente marxistas ou de esquerda em geral. De fato, é um tipo de ação direta que cai facilmente na lógica punitivista, em muitos casos negligenciando qualquer tipo de apuração e se baseando exclusivamente na palavra de uma pessoa, um tipo de confiança que nada mais é do que resposta ao descrédito sistemático que certas minorias sofrem ao darem seus relatos sobre alguma agressão. A exposição pública em redes sociais também pode fazer as coisas saírem do controle, e um caso onde a intenção era apenas constranger ou gerar conhecimento sobre as ações da pessoa, pode acabar se desdobrando em ameaças de morte, linchamentos físicos na rua, danos causados a pessoas próximas ao alvo mas que não têm nada a ver com a história, e coisas do tipo. O escracho não precisa ser feito de forma tão pública aliás — pode ser algo mais restrito a uma comunidade ou grupo político.    

SILENCIAMENTO:

pessoas de diferentes minorias têm tido suas vozes anuladas, suprimidas ou ignoradas por muito tempo. Isso é um fato que não podemos ignorar. Mas muitas pessoas têm usado a noção de silenciamento para poderem falar o que querem sem serem questionadas por isso, porque todo questionamento só poderia vir na forma de uma opressão. Mesmo que isso não faça sentido algum, é sempre saudável, principalmente dentro de espaços e grupos políticos, buscar ouvir mais pessoas marginalizadas ou oprimidas (ou: silenciadas pela sociedade) e falar menos. 

NARRATIVA:

Bem, narrativas são narrativas. 

APROPRIAÇÃO CULTURAL:

Essa é uma expressão que pode parecer bem problemática. É um tanto óbvio que não existem culturas puras, e que o que pode caraterizar de forma até mesmo única uma determinada cultura é a mistura cultural específica que a constitui. Em uma sociedade, ainda mais como a brasileira, seria simplesmente impensável mapear de onde veio cada item cultural antes de chegar aqui. Muitas vezes esse mapeamento é feito de forma incorreta, e temos casos de pessoas reivindicando uma origem específica para algo que já existia bem antes em outros lugares e outras culturas. Mas será que é essa mesma a questão? Ou será que rola aí um desvio sistemático das questões concretas e importantes para as vidas dos setores da sociedade que sofrem com essa tal apropriação cultural? Deve ter algo problemático nessa coisa toda, certo? 

Bem, podemos pensar na indústria da moda, onde elementos de culturas são apropriados para lucro de empresas, mas as pessoas que vivem essas culturas não se beneficiam em nada, e continuam sofrendo preconceitos e agressões por usarem as mesmas coisas que modelos usam em passarelas. Isso certamente pode irritar as pessoas, e com sentido. No Rio de Janeiro, muitas festas são realizadas em favelas com preços altos demais para a população local, como parte de processos de gentrificação que acabam jogando pessoas nas ruas por não terem condições de arcar com os novos custos de vida. Assim, eventos usando a cultura local podem acabar servindo para que as pessoas locais sejam marginalizadas, além de não receberem benefícios com esses eventos. Suas comunidades e vidas não melhoram, assim como em diversos casos onde costumes e elementos culturais são transformados em espetáculo para gente branca e com grana, enquanto as pessoas e comunidades que lutaram por muito tempo pra preservar esses costumes vão desaparecendo ou tendo de abrir mão de seus antigos modos de vida. Quando pensamos esses casos envolvendo mercado e indústria cultural, a questão sobre apropriação passa a fazer sentido, não como um problema de uso e de legitimidade do uso de algo – mas como um dos aspectos racistas do capitalismo.

Bem, é isso. O mais importante nessa história toda é: palavras são palavras. Não adianta gritar na cara de pessoas que elas não respeitam “lugar de fala” se elas não sabem do que se trata e por que deveriam levar isso a sério. Apesar dos aspectos problemáticos em diversos usos desses termos, por trás deles existem intenções que devem ser levadas em consideração, pois é preciso ampliar nossos debates para algo além de velhas formas de crítica a nossa cultura e ao nosso sistema. O importante, eu diria, é ouvir o que as pessoas historicamente marginalizadas ou oprimidas têm a dizer e contribuir para que os espaços políticos não reflitam nossos parlamentos, por exemplo. Até porque essas expressões podem cair de uso daqui a dez anos mas os problemas que elas tentam originalmente apontar podem ainda permanecer de forma bastante enraizada em nossa sociedade.

 

*Olá! Está com disposição para um textão adicional? OK. Em diferentes áreas de produção de conhecimento e também na política, pessoas usam expressões relacionadas a esse termo de forma bastante aleatória, normalmente se referindo a algo recente em nossa história mas que elas não gostam porque preferem se apegar a valores do passado. Parte da autointitulada esquerda brasileira usa essas expressões basicamente para falar de algo negativo, como uma degeneração de algo que já viveu tempos melhores, a saber: a crítica política. O tempo passa e as pessoas vão ficando cada vez menos interessadas nas análises, termos e conceitos como os marxistas, por exemplo. A reação a isso é tentar manter um monopólio imaginário da crítica política na perspectiva marxista, ao invés de buscar mudanças de acordo com o debate político atual. 

Por outro lado, o desinteresse temido por parte da autodeclarada esquerda também tem consequências negativas, como o abandono de certo acúmulo teórico e prático que ainda pode servir para teorias e práticas atuais. Aumentar a diversidade de blocos de construção que usamos para elaborar nossas visões e perspectivas políticas não precisa significar um comprometimento excessivo com ferramentas políticas obsoletas ou pouco adequadas ao mundo contemporâneo, e nem um engessamento ou congelamento no passado. Parece mais interessante nos abrirmos para experimentações e renovações de nossas ferramentas políticas, buscando nos mais variados lugares e tempos formas de melhorar nossa compreensão de mundo e nossa atuação nele. Assim, ao invés de rejeitar totalmente certas coisas como o material teórico acumulado por marxistas ao longo de anos, ou então de taxar como “pós-moderna” toda novidade conceitual ou linguística que nos desagrada por não se curvar a um dogmatismo qualquer, podemos simplesmente nos dedicar a enriquecer o que já temos, ampliando nosso potencial de construção política.  

Voltando ao termo “pós-moderno”, muitas coisas são associadas a ele, e que se repetem em diferentes usos. No texto que inspirou este texto, por exemplo, temos algumas delas: uma certa negligência ou rejeição com relação a paradigmas científicos, a uma certa racionalidade historicamente construída, a critérios fortes de “verdade” ou a alguma coisa mais sólida do que “narrativas”. Mas vejam bem: nada no uso desses termos listados no texto indicam necessariamente qualquer compromisso que seja com esse tipo de rejeição. E, mesmo que houvesse tal compromisso, isso não poderia desqualificar a contribuição dessas pessoas para qualquer debate que seja. Afinal, nós vamos deslegitimar completamente as contribuições que sociedades indígenas ou tribais podem nos oferecer só porque elas não funcionam submetidas aos parâmetros do velho Ocidente? Há também uma associação frequente na política entre o que é “pós-moderno” e coisas como liberalismo e individualismo. Que o uso dessas expressões possa dar a entender uma aliança com esses dois últimos elementos, não é exatamente um problema — ou não deveria ser para uma esquerda que nunca deixou de se alimentar de pautas, discursos e construções liberais (de pautas de minorias sociais aos Direitos Humanos, da ideia contemporânea de democracia às eleições e instituições que buscam ocupar). Se as pessoas não querem usar certas expressões para não serem confundidas com certas vertentes e pensamentos políticos, certamente não precisam começar pela rejeição dos que foram apresentados aqui. 

Assim como a ideia de empoderamento pode servir para a construção de marketing em torno de um produto, o personalismo exacerbado de uma certa esquerda pode servir à indústria da moda. A verdade é que muito pouco do que foi construído em termos de posicionamento anti-hegemônico nos últimos tempos foi capaz de escapar da voracidade do mercado. Além disso, governos também usam expressões “de esquerda” para aumentar seu apoio popular ou para convencer a própria esquerda de algo. Quando os termos em si ganham mais relevância política do que o que há por trás deles, entramos justamente no campo do marketing político. E esse é o objetivo deste texto no fim das contas: falar sobre o que tem por trás do uso do tal vocabulário “pós-moderno” (spoiler: não é uma conspiração financiada pelo PSDB ou pelo FMI). Os desdobramentos de usos dessas expressões podem sim tomar a forma de um individualismo, de uma perspectiva liberal, ou o que quer que seja. Podem ser desdobramentos autoritários, assimiláveis pelo capitalismo, e outras coisas. Mas podemos dizer isso de tantos discursos políticos por aí que a coisa toda se torna irrelevante quando a discussão é sobre expressões e conceitos em si, e não sobre o que estamos querendo comunicar.     

1 Comentário

  1. Dorian Gray

    Nunca respeitei “lugar de fala”. Dentre tudo que foi dito. Porque não passa de estratégia dos pós-modernos para impor sua indignação seletiva e padrões duplos de pensamento revanchista. Lugar de fala é uma fraude grotesca. É coisa de gente que não consegue ganhar espaço no mercado das ideias. Até porque, muitas vezes ocorre uma inversão revolucionária: onde algumas dessas minorias têm lugar de fala de sobra, como feministas que monopolizam a programação da grande mídia em discussões diversas e reclamam exatamente do que têm em demasia. Se vocẽ tem uma ideia, debata no mercado de ideias e pare de se auto-vitimizar. Muitos problemas são reais, como violência conjugal em países islâmicos, outros são deturpações grotescas que visam impor a agenda pós-moderna do PSOL via silenciamento dos que pensam diferente. Como vocês fazem e ainda se dizem anarquistas…

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