Em 2004, a cantora Björk foi entrevistada pela revista islandesa Grapevine, segue aqui um trecho:
“Existe esse estereótipo de que as pessoas islandesas todas acreditam em espíritos […] Como disse um membro do Sigurrós, sempre que uma gravadora estrangeira aparece aqui para fazer um contrato com uma banda islandesa, a primeira coisa que perguntam aos membros da banda é se eles acreditam em elfos; e caso digam que sim, o contrato é feito. Odeio soar como uma pessoa mal-humorada, mas existe um monte de pessoas por aí que acredita em um conto de fadas de 2000 anos. Ambos os lados estão esperando seu Messias chegar. E então as pessoas apontam seus dedos para nós aqui na Islândia e nos acusam de sermos pessoas supersticiosas”.
– Então Björk não é supersticiosa?
“Sabe, é irônico que justamente quando advogados e empresários conseguiram calcular como controlar a música, a Internet vem e fode tudo. Isso quase parece intervenção divina”. Björk dá o dedo do meio, balançando-o no ar, desafiando, sem dúvida, o grande advogado no céu. “Deus abençoe a Internet”, ela complementa.
– E você, como fica?
“Eu continuarei por aí, acenando a bandeira pirata”.
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